Ex-inspetor do SEF admite que se soube logo no aeroporto que Ihor tinha sido agredido

A 12 de março de 2020, foram Gabriel Pinto e Rui Marques que se depararam com Ihor Homeniuk, deixado deitado e algemado numa sala sem videovigilância
Foto: João Girão/Arquivo
Quase cinco anos depois de Ihor Homeniuk ter morrido à guarda do SEF após ter sido espancado, um inspetor do organismo entretanto extinto admitiu pela primeira vez, em tribunal, que no próprio dia do óbito se começou a espalhar no aeroporto de Lisboa que o ucraniano fora agredido por outros inspetores.
Gabriel Pinto, de 63 anos e atualmente em situação de disponibilidade na Polícia Judiciária, foi chamado a testemunhar no segundo julgamento do caso pela defesa do então diretor de Fronteiras de Lisboa, António Sérgio Henriques, acusado de denegação de justiça e prevaricação por ter, alegadamente, alterado um relatório para proteger os agressores de um processo disciplinar.
