Ex-mulher do suspeito de matar grávida da Murtosa quer a guarda exclusiva da filha
A ex-mulher do homem suspeito de ter matado e feito desaparecer a "grávida da Murtosa" requereu a guarda exclusiva da filha menor de ambos. O pedido começou a ser debatido ontem e prossegue hoje no Juízo de Família e Menores de Gaia.
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A ex-mulher do homem suspeito de ter matado e feito desaparecer a "grávida da Murtosa" requereu a guarda exclusiva da filha menor de ambos. O pedido começou a ser debatido ontem e prossegue hoje no Juízo de Família e Menores de Gaia.
Fernando Valente, que está em prisão domiciliária, e a ex-mulher divorciaram-se há cerca de cinco anos. Até ao desaparecimento de Mónica Silva, na Murtosa, a criança, atualmente com dez anos, passava cada semana, alternadamente, com a mãe e o pai.
A mãe entende agora que, face aos desenvolvimentos do processo, "o superior interesse da criança" impõe que passe a ter a guarda exclusiva da criança.
Fernando Valente, além de suspeito de assassínio da grávida da Murtosa, é investigado por alegados crimes de abuso sexual de menores, fraude fiscal e branqueamento de capitais (neste caso, foi apanhado com 90 mil euros não declarados escondidos no colchão).
Ainda segundo a mãe da criança, o seu ex-marido, além de deixar de ter a guarda da criança partilhada semanalmente só deverá ter direito a visitas ocasionais da filha de ambos e vigiadas por técnicos.
Fernando Valente, em prisão domiciliária, com pulseira eletrónica, num dos seus apartamentos em Gaia, não concorda com a posição assumida pela ex-mulher e as diligências iniciadas ontem continuarão hoje à tarde no Palácio da Justiça de Gaia.
O empresário, acusado de crimes de homicídio agravado de Mónica Silva, grávida de sete meses, responde ainda por crimes de aborto agravado, de profanação de cadáver, posse de 6910 euros em notas falsas e acesso ilegítimo a sistemas informáticos.
Fernando Valente, o único acusado de ter tirado a vida e feito desaparecer a grávida da Murtosa, na noite de 3 de outubro de 2023, tem o início do seu julgamento marcado já para 19 de maio, no Palácio da Justiça de Aveiro, com intervenção de jurados.