Pagamentos para atos processuais e impostos não eram entregues. Vítimas só souberam quando começaram a ser notificadas de dívidas.
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Uma notária que exerceu funções em Vieira do Minho, Amares e Montalegre vai ser julgada no Tribunal de Braga por 34 crimes de peculato, 18 de falsificação de documento agravado e um de furto. Segundo o Ministério Público (MP), apropriou-se, ao todo, de 92 475 euros que lhes foram entregues pelos clientes para pagamentos ao Fisco.
Suzana Barbosa de Sousa, que exerceu funções entre 2008 e 2018 - estando atualmente suspensa -, terá enganado 52 clientes, sendo que 34 deles pedem 81 733 euros de indemnização. A acusação, que foi totalmente mantida pelo Tribunal de Instrução Criminal de Braga - onde a arguida se manteve em silêncio -, refere que, nos termos legais “assegurava perante os seus clientes a possibilidade de entregar os impostos necessários à realização das escrituras à Autoridade Tributária, quando o valor dos mesmos lhe fosse entregue”.