O Tribunal do Porto condenou, esta quinta-feira, um antigo agente da PSP e um empresário em penas de prisão, suspensas, por crimes de falsificação de documentos cometidos, alegadamente, para evitar o pagamento de, pelo menos, seis multas de trânsito por excesso de velocidade.
Corpo do artigo
O ex-polícia, que terá cometido os crimes numa altura em que estava colocado no Instituto da Mobilidade e dos Transportes, no Porto, foi condenado a uma pena de prisão de três anos e meio, que será suspensa devido ao estado de saúde do arguido, segundo justificou o tribunal de S. João Novo. Este puniu ainda o homem, residente em Rio Tinto, com uma multa de 480 euros.
O empresário de Ermesinde, dono de um negócio de pneus e alegado beneficiário das falsificações, foi condenado numa pena de dois anos, com execução suspensa, e ao pagamento de dois mil euros aos Bombeiros Voluntários de Ermesinde. A respetiva empresa também era arguida e foi condenada a pagar 19.200 euros ao Estado.
Segundo o tribunal, o julgamento permitiu fazer prova de, pelo menos, seis falsificações de documentos. Estavam em causa multas por excesso de velocidade, passadas depois de dois automóveis da empresa de pneus serem apanhados por radares, num dos casos a 190 quilómetros por hora. Quando o proprietário do carro era notificado das mesmas, respondia que quem o conduzia naquele momento não era o proprietário, mas outras pessoas, nalguns casos, já falecidas.