O arguido, reformado da PSP, acusado de receber dinheiro para "safar" multas de um amigo, entrou normalmente no tribunal, falou com amigos e testemunhas, aparentemente sem problemas. Mas quando entrou para a sala de audiências, já com os juízes lá dentro, fê-lo amparado pela mulher, com o olhar perdido e sentou-se.
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Chamado a identificar-se, percebeu-se que o arguido tinha "problemas cognitivos" e de audição. Meia hora depois, por iniciativa da presidente do coletivo, abandonou a sessão, também pela mão da mulher. No exterior e longe do olhar dos juízes, pareceu ter recuperado, já sem auxílio de ninguém.
José Rebelo, um agente da Divisão de Trânsito da PSP do Porto, que esteve colocado no IMTT (Instituto da Mobilidade e dos Transportes Terrestres) e agora está reformado, foi acusado de seis crimes corrupção passiva e falsificação de documentos, agravados. A seu lado, no banco dos réus, está o "amigo", Joaquim Carvalho dos Santos, alegado corruptor e dono de uma empresa de reparação automóvel e venda de pneus, sediada em Ermesinde.