Ex-presidente da Câmara de Moncorvo investigado em processo sobre ajustes diretos
O Ministério Público está a investigar procedimentos de contratação pública da Câmara Municipal de Torre de Moncorvo, por ajuste direto e atribuição de subsídios a coletividades do concelho, na qual é visado o anterior autarca, Nuno Gonçalves.
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A investigação foi confirmada ao JN pela Procuradoria-Geral da República (PGR) que, numa nota escrita, admitiu a “existência de um inquérito relacionado com a matéria”, indicando ainda que “o mesmo encontra-se em investigação, tem arguidos constituídos e está sujeito a segredo de justiça”.
Ao que o JN apurou, a investigação decorre no Departamento de Investigação e Ação Penal Regional do Porto e já foram ouvidas várias testemunhas. Além do atual deputado social-democrata, o inquérito envolve ainda uma presidente de junta de freguesia do concelho de Torre e Moncorvo, um chefe de divisão do município e um chefe de gabinete.
Segundo avançou ao JN o gabinete de comunicação da Assembleia da República a Comissão de Transparência e Estatuto dos Deputados, "não foi apreciada pela comissão qualquer matéria relativa ao deputado Nuno Gonçalves”, que por ter sido eleito para o parlamento beneficia de imunidade parlamentar.
O JN tentou contactar o atual deputado do PSD na Assembleia da República, eleito pelo distrito de Bragança, mas até ao momento não teve resposta.