
Buscas ao Dragão ocorreram em maio de 2024
Foto: Amin Chaar / Arquivo
O F. C. Porto pediu para ser assistente no processo Bilhete Dourado que investiga a venda ilícita de bilhetes por funcionários do clube e elementos dos Super Dragões. O clube argumenta que foi vítima de um “astucioso e deliberado plano” que lhe causou “avultados prejuízos” e quer coadjuvar o Ministério Público.
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O requerimento a que JN teve acesso cita o despacho de indiciação que desencadeou as buscas à Porto Comercial para afirmar que há “um conjunto de indícios que parecem revelar" que foi "alvo de um astucioso e deliberado plano, o qual visou a obtenção de vantagem patrimonial ilegítima para os agentes do crime”, causando “avultados prejuízos” ao clube e à SAD.
Ainda segundo o requerimento, citando o despacho do Ministério Público (MP), “de toda a prova reunida ao momento e devidamente documentada, não existem dúvidas que são várias as pessoas com lucros consideráveis referente à venda irregular de bilhetes o que lesa claramente o Futebol Clube do Porto e o Estado”. Entre os arguidos já constituídos estão Fernando Madureira, a mulher Sandra, a filha Catarina e outros elementos do clã Madureira, Fernando Saúl, ex-oficial de ligação aos adeptos, bem como outros elementos da claque dos Super Dragões e funcionários do clube e da Porto Comercial.
Perante tais indícios, o requerimento argumenta que o F. C. Porto não poderá “nada fazer e aguardar apenas pelo desenvolvimento dos autos” pois pretende evitar que tais atividades ilícitas possam continuar debaixo do seu teto, desengrindo as suas tão aclamadas e respeitadas reputações – seja junto de adeptos, como da sociedade em geral.
É portanto “essencial” uma postura processual mais ativa dos requerentes - Futebol Clube do Porto, Porto Comercial e F. C. Porto SAD - coadjuvando o MP na descoberta da verdade matereial, nomeadamente em relação a todos aqueles que estejam já e/ou que venham a ser identificados como autores dos crimes em investigação.


