Fábio Loureiro, fugitivo de Vale de Judeus, foi entregue às autoridades portuguesas
Fábio Loureiro, um dos cinco fugitivos da cadeia de Vale de Judeus, foi entregue à Polícia Judiciária (PJ) nesta quarta-feira e regressará a uma prisão portuguesa.
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O homem conhecido por Fábio “Cigano” estava preso em Marrocos, país para onde tinha fugido e onde foi recapturado numa operação que envolveu a PJ e as autoridades policiais de Espanha e Marrocos.
Fábio Loureiro foi o primeiro dos fugitivos de Vale de Judeus a ser detido. Em 6 de outubro do ano passado, o homem condenado, em penas sucessivas, a 44 anos de cadeia, foi localizado e apanhado perto de Tânger, em Marrocos.
A PJ manteve desde o dia da fuga uma vigilância apertada às famílias dos fugitivos e conseguiu ter acesso a mensagens que Fábio foi trocando com a mulher. Esta seria seguida numa viagem para Marrocos e acabou por revelar o paradeiro do companheiro.
Isolado na cadeia de Monsanto
Já numa cadeia marroquina, Fábio “Cigano” começou por opor-se à extradição para Portugal, mas em pouco tempo mudaria de ideia. Aliás, o fugitivo, através da família e advogados, chegou a fazer apelos para um rápido regresso a Portugal. Tal só aconteceu nesta quarta-feira, quase sete meses depois da recaptura.
Em comunicado, a PJ recorda que já tinha sido “apresentado oportunamente o correspondente pedido formal de extradição, pelo Procurador-Geral da República”, e que esta foi, agora, “concedida pelas autoridades do Reino de Marrocos”.
De regresso a Portugal, Fábio Loureiro será encarcerado no estabelecimento prisional de Monsanto, a principal cadeia de alta segurança do país. Ali, só terá direito, no máximo, a duas horas de recreio por dia e mesmo as refeições serão feitas no isolamento da cela individual.
É em Monsanto que já se encontram Fernando Ferreira e Mark Roscaleer, dois fugitivos também recapturados. Já o argentino Robert Lohrmann e o georgiano Shergili Farjiani continuam detidos no estrangeiro.
O primeiro, recapturado ao mesmo tempo que Mark Roscaleer, permanece em Espanha e ainda não se sabe se será extraditado para Portugal, para a Argentina ou para a Bulgária. Farjiani está numa cadeia italiana e deverá ser encaminhado para a Grécia, onde também tem uma pena para cumprir, antes de rumar a Portugal.