Psicólogo alerta que é preciso acabar com "mito" de que facas são para defesa. Jovens sentem "honra" ferida.
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A facilidade e a frequência com que os adolescentes e jovens adultos andam atualmente com facas em Portugal, seguindo uma tendência há muito existente no Reino Unido e outros países europeus, está a preocupar as autoridades que estão no terreno, em particular nas áreas metropolitanas do Porto e de Lisboa.
Ao JN, o psicólogo forense Carlos Poiares sustenta que “há que dissociar a ideia da arma branca como sendo um símbolo de que se é duro”, bem como “desconstruir” o “mito” de que uma faca “serve para defesa e não para matar”. Até porque, realça a socióloga Maria João Leote de Carvalho, “muita da conflitualidade que acaba num ato mais violento parte de uma perceção dos próprios jovens envolvidos de que a sua honra, a sua dignidade, foi afetada”. Muitas das situações começam, por norma, no ambiente digital, em particular nas redes sociais.