O Facebook apenas pode retirar da rede e interromper diretos destinados a vender artigos contrafeitos quando as páginas são denunciadas por terceiros. Até isso acontecer, a rede social não consegue verificar se as normas de utilização estão a ser respeitadas.
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Em reação à notícia do JN que expôs a utilização da ferramenta dos vídeos em direto na maior rede social para vender imitações de calçado, roupa ou perfumes de marcas conhecidas, o Facebook explicou a sua política: "Os nossos padrões de Comunidade aplicam-se ao Facebook Live, assim como se aplicam a outros tipos de conteúdo no Facebook. Não permitimos conteúdos que envolvam uma violação dos direitos autorais".
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Quando alguém viola as regras, o próprio Facebook pretende interromper estas transmissões o mais rápido possível. Mas tem sempre de haver alguém a denunciar o vídeo - e isso é possível fazer enquanto decorre o próprio direto.
Anteontem, o JN noticiou a existência de utilizadores do Facebook que têm feito vídeos em direto nos quais comercializam, por exemplo, por 15 euros, sapatilhas, roupa, perfumes ou carteiras de marcas que custam 500 euros no mercado normal.
O fenómeno está a ser monitorizado pela ASAE que, só nos primeiros 10 meses de 2019, já abriu 80 inquéritos-crime contra a venda de bens contrafeitos na Internet.
Uma pesquisa nas redes sociais permite encontrar os vendedores, que anunciam as horas a que vão, em direto, mostrar as novidades e registar, com mensagens privadas, as respetivas encomendas.
Calças de marca
Páginas de redes sociais são abertas e fechadas com facilidade. As ferramentas mais apelativas do Facebook funcionam na perfeição para vender as falsas sapatilhas de marca e calças de ganga da Levi's.
Mais detetados
Roupa e calçado desportivos, cosméticos, relógios, carteiras e outros acessórios de moda são os artigos que as equipas especializadas da ASAE mais detetam à venda em redes sociais. São comercializados através do Facebook e do Instagram.