Uma mulher de 48 anos fez-se passar por agente de execução e solicitadora e celebrou vários contratos de promessa de compra e venda de imóveis sem ter autorização dos proprietários. Terá lucrado pelo menos 235 mil euros em sinais e reservas de negócios que nunca se vieram a realizar. Foi agora detida pela PJ do Sul.
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Nos últimos anos, a arguida contactava particulares e imobiliárias do Algarve alegando que tinha imóveis para venda. Dizia ser agente de execuação ou solicitadora encarregada da venda e apresentava procurações, supostamente assinadas pelos proprietários dos imóveis, que lhe conferiam poderes especiais de representação. Era tudo falso.
A mulher não era quem dizia ser, nem os proprietários alguma vez deram o seu consentimento ou foram sequer consultados para uma eventual venda. Com os documentos falsos, a alegada burlona terá conseguido celebrar vários contratos de reserva ou promessa de compra e venda com potenciais interessados. Desse modo recebeu e apropriou-se de, pelo menos, 235 mil euros a título de reserva ou sinal. Os contratos definitivos nunca foram celebrados, uma vez que os proprietários dos imóveis não sabiam de nada.
Uma investigação, iniciada em 2022, permitiu recolher vários indícios da atividade criminosa da suspeita, culminando com a sua detenção esta quarta-feira, na zona do Algarve. Segundo um comunicado da PJ, foram realizadas buscas domiciliárias e não domiciliárias tendo-se apreendido equipamento informático e de telecomunicações bem como elevado acervo documental probatório.
A detida, suspeita de burla qualificada e falsificação de documentos, irá ser presente a primeiro interrogatório judicial com vista à aplicação de medidas de coação. O Inquérito é titulado pelo Departamento de Investigação e Ação Penal de Tavira.