A PSP apreendeu 2808,34 euros a um angariador de transporte ilegal, no Aeroporto Humberto Delgado, em Lisboa. O homem, de 41 anos, foi intercetado quando abordava quatro potenciais clientes, que não apresentaram queixa. Em 2024, foram registadas, só no aeroporto da capital, mais de 400 infrações.
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Na prática, os passageiros são, por norma, aliciados com preços mais baixos do que os praticados por táxis e TVDE por pessoas que não estão autorizadas a oferecer esse transporte.
"Os suspeitos dizem-se profissionais legalmente habilitados para realizarem esse transporte, quer dentro da plataforma TVDE quer serviço táxi, ludibriando os passageiros que interpelam e levando-os a acreditar que estão devidamente credenciados para o efeito, cobrando a estes valores que não estão estipulados em nenhum diploma legal", explica este sábado, em comunicado, o Comando Metropolitano de Lisboa da PSP.
Já no destino, alguns dos clientes angariados são ainda confrontados com cobranças de montantes "completamente diferentes dos acordados". Nessa altura, tornam-se então vítimas dos crimes "de burla ou de extorsão". A PSP tem registados casos quer de infrações contraordenacionais quer de práticas criminais.
Em 2023, foram registadas, só no Aeroporto Humberto Delgado, quase mil infrações contraordenacionais associadas ao fenómeo, numa média de cerca de 80 por mês, e com valor total das coimas a ascender a um milhão de euros. Em 2024, os dados apontam para um ligeiro aumento do número de infrações, com uma média, até 30 de abril, de 100 por mês. No comunicado, a PSP não explicita quantos crimes foram, paralelamente, detetados.
O fenómeno é comum a outros aeroportos europeus, incluindo o do Porto. No caso de Lisboa, a PSP recorda que "a tomada de táxis se faz exclusivamente na praça de chegadas" e a de TVDE "no parque próprio e sempre através de plataforma". Nenhum está localizado dentro da aerogare do Aeroporto Humberto Delgado.