Falsos polícias e médicos acusados de burlar idosos julgados no tribunal da Feira
Seis pessoas suspeitas de estarem envolvidas em burlas e roubos a idosos começaram a ser julgadas, na manhã desta terça-feira, no tribunal da Feira, São acusados de se fazerem passar por representantes de vários organismos públicos, técnicos da segurança social, polícias ou médicos.
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Os três homens, que se encontram em prisão preventiva, e três mulheres começaram a ser julgados por crimes de associação criminosa, roubo qualificado, burla qualificada, detenção de arma proibida, recetação e branqueamento.
Este julgamento resulta de uma investigação do Núcleo de Investigação Criminal (NIC) da GNR da Feira e que teve por base as inúmeras burlas a idosos em Santa Maria da Feira e outros concelhos, com maior incidência no norte e centro do país. Culminou com a detenção dos suspeitos em outubro de 2023.
Os três homens, com idades entre os 36 e os 46 anos de idade, e três mulheres, com 33, 39 e 43 anos de idade, fariam parte de uma rede que operava, desde 2022, a partir da Marinha Grande. Contactavam idosos, especialmente vulneráveis, apresentando-se como funcionários de várias instituições públicas, como técnicos de câmaras municipais, juntas de freguesia, centros de saúde, médicos e até policias.
Eram vários os tipos de esquemas fraudulentos usados pelos arguidos, entre os quais o anúncio de que algumas notas iriam sair de circulação. Desta forma, conseguiam subtrair dinheiro e até ouro aos idosos.
Nesta primeira sessão, um dos arguidos aceitou falar, assumindo parte dos crimes de que está acusado.
Aquando de detenção dos arguidos, a GNR apreendeu 27 anéis; 14 telemóveis; nove pares de brincos; nove fios; sete pulseira; seis crucifixos/pendentes; quatro viaturas; quatro medalhas; duas televisões; dois relógios; um cordão; uma aliança; uma pistola; uma caixa de munições e 1800 euros em numerário.
Os bens em ouro usurpados aos idosos e apreendidos pela GNR totalizam um valor superior a 61 mil euros