A cada semana, um grupo de burlões fazia entre dez e 15 vítimas com um esquema de falsos arrendamentos de casas. Ao longo do último ano e meio, foram 140 as burlas contabilizadas pela PSP do Porto após a detenção, esta quarta-feira, de 12 pessoas.
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Os suspeitos terão lucrado 243 mil euros com crimes que tinham como alvos prioritários famílias e estudantes acabados de chegar da América do Sul e de África, à procura de habitação no Porto. Muitas ficaram sem teto. O esquema era sempre o mesmo. Os burlões arrendavam, por um ou dois dias, um quarto, um apartamento ou uma casa destinada a alojamento local e publicavam anúncios a oferecer esse espaço em sites da especialidade como se estivessem destinados a arrendamento de média e longa duração. Usavam, inclusive, as fotografias do verdadeiro anúncio para publicitar a burla em plataformas como o Airbnb, Custo Justo, OLX ou Idealista.
Depois de serem contactados por futuros inquilinos, os membros do grupo promoviam visitas à habitação como se fossem os legítimos proprietários dos imóveis e negociavam as condições do arrendamento, exigindo o pagamento de uma caução e de três a quatro meses de renda adiantada.