A falta de Oficiais de Justiça levou o Procurador Coordenador do Ministério Público (MP) de Beja, Manuel Dores, a encerrar a porta do MP, em consonância com a Direção-Geral da Administração da Justiça.
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Ao JN, Manuel Dores revelou que a situação “obrigou a encontrar um modelo, de atendimento público centralizado bem como uma Central de Atendimento presencial, sistema já testado em outra Comarca", justificou. A medida entrou em vigor na segunda-feira da passada semana e tem implicações com os tribunais de Cuba e Odemira.
"A Comarca de Beja debate-se com uma enorme carência de recursos humanos ao nível de oficiais de justiça, situação que tem sido recorrentemente comunicada pelos profissionais”, disse Manuel Dores. “Grande parcela do tempo de trabalho é despendido com o atendimento ao público, quer presencial, quer telefónico", concretizou aquele magistrado.
"As tarefas de atendimento pessoal ou telefónico, no núcleo de Beja (MP e secções judiciais) estão centralizadas no Balcão +" disse o Procurador Coordenador, sublinhando que "o cidadão, os advogados e os Órgãos de Polícia Criminal têm acesso aos serviços no outro espaço do tribunal".
Justificando que "o encerramento da porta foi previamente comunicado e acordado com os serviços, Manuel Dores referiu que "foi ampliado o Balcão + que permite a entrega e registo de documentos e digitalização, fórmula encontrada para libertar as secções dessas tarefas".
O caso é replicado em Odemira, onde os serviços do MP foram transferidos para outra zona do tribunal e naquele local funciona o Balcão +, com as mesmas tarefas de Beja.
O atendimento telefónico ficou também centralizado em Beja, e de momento abarca os tribunais de Beja, Cuba e Odemira.