Uma operação da PSP para travar o aumento de furtos e roubos na Baixa do Porto levou, na semana passada, à sinalização de uma célula de carteiristas que, depois de Lisboa, atacava na Invicta.
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Quatro mulheres e um homem foram intercetados a furtar uma carteira a uma turista, mas, como a vítima não apresentou queixa, foram libertados e desapareceram do radar das autoridades. O mesmo aconteceu com uma família apanhada a furtar 1500 euros em artigos de uma loja.
Os dados mais recentes da análise criminal alertavam para um aumento dos furtos e roubos, sobretudo na Baixa portuense, e a PSP decidiu estancar o fenómeno. Na semana passada, equipas de investigação criminal especializadas no crime contra o património concentraram a sua atuação neste tipo de ilícitos e depressa sinalizaram uma célula de um grupo romeno de carteiristas. As quatro mulheres e um homem já tinham sido localizados em Lisboa, de onde rumaram ao Porto para atacar vítimas nos pontos turísticos da cidade.
Na sequência da vigilância mantida durante alguns dias, polícias perceberam que os carteiristas atuavam em bando e que cada um tinha uma função específica. E apanharam uma das mulheres a furtar uma carteira a uma turista alemã, na Ponte Luís I.
Os comparsas também seriam intercetados, mas ninguém ficou detido. Dois dias após o crime, já em Lagos, a turista alemã denunciou o furto para justificar a falta de um cartão de identificação, mas não quis formalizar a queixa. E, sem procedimento criminal, não foi possível manter o grupo atrás das grades.
Os carteiristas abandonaram o Porto rapidamente e, neste momento, as autoridades desconhecem o seu paradeiro.
Saia com forro falso para furtar
O mesmo sucedeu com uma mãe e filho, intercetados a furtar 1500 euros em artigos de uma loja de bijutaria. Enquanto o rapaz, já com antecedentes pelo mesmo crime, distraía o vendedor, a progenitora escondia os objetos na roupa, nomeadamente numa saia com um forro falso que a PSP encontraria no carro dos suspeitos.
Porém, como o responsável pela loja também não apresentou queixa, a família foi libertada.
Cadeia para ladrões de jovens indefesos
Durante a mesma operação, a PSP deteve um “rapador” a furtar uma mochila num supermercado, que foi igualmente libertado, mas com a obrigatoriedade de se apresentar três vezes por semana na esquadra.
Já em prisão preventiva ficaram dois homens, de 23 e 33 anos, que integravam um grupo que, a coberto da noite, roubava jovens indefesos. Quase sempre na zona da movida portuense, as vítimas eram cercadas, ameaçadas e desapossadas dos seus pertences.
Posto na cadeia foi, ainda, um homem visto pelos agentes a deambular na rua com artigos furtados em hotéis e alojamentos locais. Durante a abordagem, a PSP apurou que o suspeito tinha pendente um mandado de detenção para cumprir uma pena de três anos e meio por roubos.
Durante a semana da operação, a PSP recuperou uma viatura furtada e cerca cinco mil euros em dinheiro objetos furtados.