A continuação do interrogatório de Eduardo Cabrita e o debate instrutório do processo do atropelamento mortal na A6 previstos para esta sexta-feira, no tribunal de Évora, foram adiados para setembro, "por indisponibilidade de sala" no Juízo de Instrução Criminal de Évora, informou o advogado da família da vítima.
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José Joaquim Barros, o advogado do assistente, também lembrou ao JN que continua em curso a greve dos oficiais de justiça, o motivo da interrupção do interrogatório de Eduardo Cabrita no passado dia 9.
Na altura, o advogado do arguido e ex-ministro da Administração Interna, Manuel Magalhães e Silva, declarou aos jornalistas que o seu cliente tinha esclarecido "tudo o que havia para esclarecer", embora tivesse admitido que poderia haver mais esclarecimentos a fazer aos outros advogados.
Eduardo Cabrita e o seu então chefe de segurança, Nuno Dias, foram interrogados como arguidos, à porta fechada, pelo juiz de instrução, no Tribunal de Évora, na instrução do processo do atropelamento mortal na A6.
Estas novas diligências instrutórias foram marcadas pelo juiz de instrução depois de o Tribunal da Relação de Évora (TRE) ter dado provimento e provimento parcial, respetivamente, aos recursos da Associação de Cidadãos Auto-Mobilizados (ACA-M) e da família.
A fase de instrução foi assim aberta para os três arguidos, ou seja, para o motorista do antigo ministro, Marco Pontes, o único acusado no processo, de homicídio por negligência, e cujo debate instrutório já foi realizado, e também para Eduardo Cabrita e Nuno Dias.
Esta é uma fase processual facultativa, que pode ser pedida por arguidos ou assistentes e que serve para verificar se os indícios são suficientemente fortes para levar os arguidos a julgamento.
No dia 18 de junho de 2021, Nuno Santos, funcionário de uma empresa que realizava trabalhos de manutenção na A6, foi atropelado mortalmente pelo automóvel em que seguia o então ministro da Administração Interna Eduardo Cabrita, no concelho de Évora.