A família da grávida da Murtosa insiste no arresto dos bens do empresário Fernando Valente, que está a ser julgado, em Aveiro, pelo homicídio de Mónica Silva. Pedido foi indeferido, mas advogado vai recorrer.
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O Tribunal Criminal de Aveiro negou liminarmente um pedido de arresto preventivo dos bens de Fernando Valente, requerido pelos familiares de Mónica Silva, para garantir o pagamento da indemnização que solicitaram, que é de cerca de 550 mil euros. O indeferimento foi comunicado durante o julgamento, que decorrerá sempre à porta fechada, à exceção da leitura do acórdão, no Tribunal de Aveiro.
O advogado António Falé de Carvalho, que representa o viúvo e os dois filhos menores da vítima, Mónica Silva, revelou ao JN, esta quinta-feira, à saída da sessão da manhã, que vai recorrer do indeferimento, por "o achar mal decidido".
"Há um fundado receio que por o património estar todo numa só sociedade, o arguido, Fernando Valente, possa ceder as quotas com uma simples procuração, mas o Tribunal assim não o entendeu, o que eu acho mal, por isso vamos recorrer", acrescentou.
Os advogados André Fontes e Solange Jesus, que defendem o arguido, Fernando Valente, de 37 anos, economista e empresário, tinham-se oposto esta semana ao pedido de arresto dos bens do seu cliente.