Família de falsos videntes sacou 300 mil euros com promessas de quebrar maus-olhados
Uma família de falsos videntes arrecadou quase 300 mil euros a desfazer feitiços e maus-olhados a 11 mulheres, todas com mais de 60 anos e emocionalmente frágeis. As vítimas foram abordadas junto a hospitais e clínicas de Lisboa, Odivelas e Alenquer, mas também em espaços públicos de Mafra, Sintra e Cascais.
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Três homens e três mulheres foram condenados por burla a cinco anos de prisão, mas todos ficaram com a pena suspensa.
O casal António Falcata e Adélia Mendes, os filhos António Francisco e Maria Isménia e os cônjuges destes Patrícia Caldeira e Sérgio Baroa eram vendedores ambulantes quando, em 2021, a pandemia da covid-19 encerrou feiras e mercados. No tribunal de Lisboa, todos os membros da família confessaram que, para fazer face à falta de trabalho, “decidiram apropriar-se do dinheiro e peças de ouro através do engano” e gizaram um plano para convencer mulheres vulneráveis que estavam enfeitiçadas e que para estas se livrarem do mau-olhado todo o ouro, peças de joalharia e dinheiro que possuíam teria de ser benzido.