Família de grávida desaparecida da Murtosa fez covas na Torreira à procura do corpo
A família de grávida de sete meses desaparecida há quase dois meses da Murtosa, esteve, desde o meio da tarde deste domingo, a fazer covas num pinhal da Torreira, à procura do corpo, ajudada por populares que se voluntariaram. Ao final da tarde, o trabalho foi suspenso, sem que nada fosse encontrado.
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Os familiares, que irão prosseguir com as buscas na segunda-feira, tentaram desesperadamente encontrar o cadáver de Mónica Silva, de 33 anos, mãe de dois filhos, de 14 e 11 anos, desaparecida desde a noite de 3 de outubro de 2023, quando saiu de sua casa para alegadamente se encontrar com o principal suspeito dos crimes.
Fernando Valente, de 38 anos, está já em prisão preventiva, há uma semana, pelas fortes suspeitas de crimes de homicídio qualificado consumado, aborto agravado e profanação/ocultação de cadáver, que levaram a juíza de instrução criminal de Aveiro a decretar a medida de coação mais gravosa, após buscas da Polícia Judiciária de Aveiro.
As autoridades policiais, incluindo a GNR da Murtosa e a Polícia Judiciária de Aveiro, e os Bombeiros Voluntários da Murtosa fizeram buscas num poço nas imediações da localidade de Ribeira Nova, na freguesia e concelho da Murtosa, mas não encontraram quaisquer vestígios da vítima, que residia nas proximidades.
Poucos dias depois, os familiares de Mónica Silva voltaram ao mesmo poço, mas também não deram com o corpo da mulher depois dos trabalhos a cargo de uma empresa particular.
Na sexta-feira, um popular encontrou duas covas recentemente tapadas e com soda cáustica, mais lixívia, num estradão de terra batida que se acede desde a Estrada Nacional 327, para a Costa da Torreira, entre um pinhal que está desbravado, situado a cerca de três quilómetros do apartamento na Vila da Torreira, onde a PJ presume que tenham sido cometidos os crimes após os quais terá sido escondido o cadáver da vítima.