Pedro Gonçalves, 48 anos, o dono da Quinta Alada, em Montemor-o-Novo, está em prisão preventiva desde agosto, indiciado do crime de homicídio qualificado, após ter matado, alegadamente em legítima defesa, Pedro Fanico. A família está revoltada com a recusa dos juízes em passar o arguido para prisão domiciliária.
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António Gonçalves, irmão de Pedro, garante, em carta ao JN, que um dos motivos de recusa da prisão domiciliária é o perigo de fuga, baseado no argumento de que “basta que o arguido inutilize o dispositivo de controlo e se desloque até à vizinha Espanha ou a outro país estrangeiro onde poderá chegar em apenas duas horas”. “Bom, a partir de agora não será possível o uso de pulseira eletrónica”, ironiza, considerando a justificação “surreal”.
“Outro motivo que impede a prisão domiciliária é o facto de que em ambiente de reclusão o meu irmão manifesta comportamento e sintomas de mau estar psicológico e nele identificam uma personalidade vingativa e direcionada contra a vida de terceiros”, relata António, considerando esta alegação também incompreensível. “A informação que existe da cadeia é que o meu querido irmão é calmo, passa o tempo a ler e a fazer exercício físico” assegura.