O líder da claque Super Dragões, detido no âmbito da “Operação Pretoriano”, vai prestar declarações perante o juiz de instrução criminal do Tribunal do Porto. Outros seis arguidos também pretendem falar.
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Fernando Madureira, considerado o principal arguido da Operação Pretoriano, decidiu na quinta-feira ao início da noite que iria prestar declarações ao juiz de instrução criminal, Pedro Miguel Vieira, no Tribunal do Porto, onde a PSP montou um forte dispositivo de segurança.
Uma centena de agentes da PSP foram enviados para as imediações do Tribunal de Instrução Criminal do Porto, ontem de manhã, para acautelar a chegada dos detidos ao local. Foram instaladas grades de proteção em redor do edifício, além de uma “caixa” destinada a jornalistas.
Do outro lado da rua, a partir do início da tarde, concentraram-se elementos dos Super Dragões e outros adeptos portistas para manifestar solidariedade para com os detidos, principalmente o líder Fernando Madureira, conhecido pela alcunha “Macaco”.
Quando chegou a carrinha da PSP com Fernando Madureira e a mulher, foram ouvidos aplausos e cânticos dos Super Dragões.
Uma hora depois, chegou um autocarro da PSP com os outros dez detidos, que eram esperados no tribunal pelos seus advogados. Estes só puderam consultar o processo, para apreciar a prova reunida pela investigação, perto do final da tarde.
Já ao início da noite, os arguidos foram formalmente identificados, com quatro deles a afirmar que queriam prestar declarações. Madureira foi um deles, mas só esta sexta-feira deverá ser ouvido pelo juiz Pedro Miguel Vieira.
Jorge Correia, o advogado de António Moreira de Sá, disse aos jornalistas que o seu cliente também queria falar, o que terá feito ainda ontem, tal como o arguido Tiago Aguiar. Cristiana Carvalho, defensora de Fernando Saul, declarou que o seu cliente também queria esclarecer os factos.
Após os depoimentos de Moreira de Sá e Tiago Aguiar, dez detidos regressaram às celas da esquadra da Bela Vista, no Porto, enquanto Madureira e a mulher foram levados para a esquadra de Santo Tirso, onde passaram a noite.
Os interrogatórios recomeçam esta sexta-feira de manhã.