O ex-oficial de ligação aos adeptos do F. C. Porto comunicou ao Tribunal do Porto que desistiu do pedido de ouvir Pinto da Costa em sede de declarações para memória futura. A defesa de Fernando Saul explica que o julgamento começa a 17 de março pelo que faz sentido que a testemunha seja ouvida em audiência.
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Ontem, o Tribunal do Porto tinha marcado a audição do ex-presidente portista para 26 de fevereiro. Devido à sua débil condição física e dificuldades de deslocação, o juiz aceitara que as suas declarações para memória futura fossem feitas a partir de casa, por videoconferência, com a presença e apoio do seu advogado.
Porém, esta sexta-feira, a mandatária de Fernando Saul, que, face à saúde precária de Pinto da Costa, tinha requerido há dois meses a sua audição para memória futura, comunicou ao tribunal que prescinde desse pedido. A advogada Cristiana de Carvalho explica que o julgamento foi agendado esta semana para ter início a 17 de março, "pelo que, fará sentido a testemunha arrolada ser ouvida em audiência discussão e julgamento".
O ex-presidente portista chegou a ter uma ida a tribunal marcada para 10 de janeiro. Porém, na véspera, a sua mulher informou o tribunal de que Pinto da Costa se encontrava "incapacitado de comparecer” e de “realizar a referida diligência”, face ao seu “atual estado de saúde e limitações acentuadas nos últimos dias.
Pinto da Costa invocou então a sua "debilidade física e dificuldade de locomoção, os quais se afiguram sérios e atendíveis," para requerer que a inquirição fosse feita através de videoconferência a partir da sua residência, na presença e com o auxílio do seu advogado.
O Tribunal de Instrução Criminal aceitou o pedido, marcando a audição para as 10 horas do próximo dia 26 de fevereiro. Resta saber se, face à desistência de Fernando Saul, o juiz de instrução criminal entende que se devem manter as declarações para memória futura ou aguardará por declarações em sede de julgamento.
No âmbito da Operação Pretoriano, o ex-líder da claque Super Dragões, Fernando Madureira, e outros 11 arguidos vão ser julgados por coação agravada, ofensa à integridade física, arremesso de objetos ou líquidos e atentado à liberdade de informação. Em causa estão os acontecimentos que rodearam uma Assembleia Geral Extraordinária do F. C. Porto realizada a 13 de novembro de 2013.