Fernando Saúl responsabiliza organização e Villas-Boas por tumultos na Assembleia-Geral

Fernando Saúl disse que, nas redes sociais, havia “imensas páginas a incitar a que fossem todos, que fossem juntos e filmassem tudo", “páginas que estranhamente desapareceram depois das eleições” e que, na véspera, até o próprio André Villas-Boas apelou a uma grande presença dos seus apoiantes.

Fernando Saúl afirmou que, mesmo não estando presente nas reuniões preparatórias, alertou o diretor de segurança e o diretor de marketing para que iria vir mais gente e que a segurança deveria ser reforçada. “Era a minha convicção”, afirmou justificando com os comentários nas redes sociais. Aliás, Saúl criticou o diretor de segurança por ter permitido que se iniciasse a Assembleia Geral no pavilhão, sem haver condições para tanta gente. E, tal como havia feito Fernando Madureira na véspera, frisou que estes dois diretores, ainda da direção liderada por Pinto da Costa, foram dos poucos a não ser despedidos quando Villas-Boas tomou posse.

Sobre as mensagens nas redes sociais em que adiantava que “ia levar tudo nos cornos”, Saúl explicou que se referia a apenas Henrique Ramos, o “Tagarela”. “Era o Henrique Ramos que ia levar. São dezenas de posts a difamar-me nas redes sociais”, explicou. Porém, negou tê-lo agredido na AG. Explicou que apenas tinha dito isso num grupo de amigos porque eles estavam sempre a perguntar-lhe quando é que ele ia tirar satisfações do Henrique. “Escrevi isso para me pararem de chatear”, explicou.

Fernando Saúl disse ainda que esteve sempre sentado na bancada sul e que só viu os incidentes à distância. Viu Fernando Madureira a passar mas não falou com ele. Dos arguidos apenas falou com Sandra Madureira quando esta estava a discutir com um sócio por causa de filmagens. “Disse para ela deixar isso e se ir embora”, acrescentou.