Um homem, com 39 anos, foi detido em Matosinhos pela GNR por violência doméstica sobre duas ex-companheiras, com as quais manteve um relacionamento simultâneo, residindo alternadamente em casa de uma e da outra. Ouvido uma primeira vez em tribunal, ficou com pulseira eletrónica e, mal foi libertado, seria novamente detido à porta do tribunal por violência sobre a outra ex-companheira, tendo-lhe sido imposta a mesma medida de coação.
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O operário fabril manteve um relacionamento amoroso com duas mulheres, ambas de Penafiel. Uma com 24 anos e outra com 40, as duas tinham conhecimento da existência da rival e aceitaram que o companheiro fosse pernoitando, à vez, nas casas de cada uma delas. Além do amor pelo mesmo homem, as duas mulheres também partilharam as agressões físicas e psicológicas levadas a cabo pelo companheiro e foram sofrendo em silêncio.
Até que, na sequência de mais uma agressão, a mais nova das mulheres terminou com a relação, decisão que não foi bem aceite pelo operário fabril. Desde essa altura, que a vítima passou a ser perseguida, insultada e ameaçada, acabando por apresentar queixa por violência doméstica. O caso passou, então, para as mãos do Núcleo de Investigação e Apoio a Vítimas Específicas (NIAVE) de Penafiel da GNR que, pouco depois, também passou a investigar outra queixa de violência doméstica apresentada pela segunda vítima.
Em pouco tempo, os militares recolheram indícios para avançar com a detenção do agressor, o que sucedeu nesta quarta-feira. Nesse mesmo dia, o operário fabril foi levado ao Tribunal de Penafiel e, depois de ter sido interrogado pelo juiz, ficou proibido de permanecer, frequentar ou de se aproximar da habitação da vítima ou do seu local de trabalho, proibido de a contactar e proibido de "permanecer, sem autorização, na área territorial correspondente ao concelho de residência da mesma, controlado por pulseira eletrónica".
Após ouvir as medidas de coação, o arguido preparava-se para abandonar o tribunal, mas tinha à espera, logo junto à porta, outros militares do NIAVE de Penafiel, que o detiveram pelas agressões à segunda companheira. Levado novamente à presença do juiz, o operário ficou com as mesmas medidas de coação impostas momentos antes. Ou seja, proibição de permanecer, frequentar ou de se aproximar da habitação da vítima ou do seu local de trabalho, proibição de contactar, por qualquer forma com a vítima e proibição de permanecer, sem autorização, na área territorial correspondente ao concelho de residência da mesma, controlado igualmente por pulseira eletrónica.
Fonte ligada à investigação confirma que o arguido está obrigado a usar duas pulseiras eletrónicas, uma em cada perna.