O rapper Oruam, filho de Marcinho VP, um dos principais líderes do Comando Vermelho, considerada uma das mais perigosas fações criminosas brasileiras, foi abordado na madrugada de domingo por militares da GNR antes de uma apresentação na discoteca Lick, em Vilamoura, no Algarve, que não se chegou a realizar.
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Após ter sido intercetado durante uma operação de fiscalização rodoviária aleatória em Albufeira, Oruam acusou nas redes sociais - onde conta com 8,6 milhões de seguidores - a GNR de ter "impedido" a realização do espetáculo.
"Será porque eles me odeiam?", indagou o artista nas histórias do Instagram, sem detalhar mais pormenores, dando a entender que a Guarda o teria impedido de atuar. Alguns sites brasileiros chegaram mesmo a escrever, sem contraditório ou verificação dos factos, que o artista tinha sido preso.
No entanto, segundo o que o JN apurou junto de fonte da GNR, o artista não foi formalmente identificado nem sequer detido, tendo apenas sido levantado um auto de contraordenação visando uma terceira pessoa. Isto porque foi detetado produto estupefaciente no interior da viatura TVDE em que seguia, mas não foi possível apurar o proprietário. Após a fiscalização, o condutor e os restantes passageiros seguiram viagem, não tendo sido impedidos de qualquer ação, assegurou a mesma fonte.
Nas rede sociais, a discoteca Lick escreveu na altura que o artista não conseguiu atuar por motivos "de força maior", que garantiu desconhecer. Pela situação "completamente fora do controlo", o espaço pediu desculpa e disse estar a aguardar "um esclarecimento público por parte do artista" bem como disponibilidade para remarcar uma nova data para o concerto.
Em março, Oruam já havia sido abordado por militares da GNR enquanto fazia compras numa loja de desporto num centro comercial, em Alcochete, após uma denúncia relacionada com produtos estupefacientes. Na altura, chegou a desafiar um dos guardas que o interpelou.
Após este incidente mais recente, o brasileiro seguiu para Paris, em França.