Iara Gonçalves e Marcos Gonçalves, filhos de Marco "Orelhas", foram detidos na noite de quinta-feira. O namorado de Iara, Adolfo, também foi apanhado. São suspeitos de atacarem amigos de Igor Silva, assassinado, segundo o Ministério Público, por aquele adepto do F. C. Porto e outro dos seus filhos, Renato, em 2022.
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Tal como o JN contou na ocasião, tudo aconteceu nos festejos de São João, ocorridos na madrugada de 24 de junho. No arraial que decorria no Jardim da Corujeira, Porto, Iara Gonçalves, de 20 anos, o irmão Marcos, 17, e o namorado da jovem, Adolfo, 24, cruzaram-se com Jéssica, uma velha amiga de Igor Silva. Devido a conflitos antigos entre as famílias e, sobretudo, pela rivalidade entre o clã Gonçalves e as pessoas mais próximas de Igor Silva, as duas jovens trocaram insultos e ameaças, com Iara a ameaçar matar Jessica. “Vais ter com o Igor”, terá dito.
Com o escalar da violência, Diogo, namorado de Jéssica, tentou separar as duas raparigas, mas foi atacado à facada pela filha de Marco Gonçalves, conhecido por “Orelhas”, e sofreu ferimentos na cabeça. Em seguida, Diogo, de 22 anos, tentou levar Jéssica para casa, situada ali perto, na rua Monte da Bela, mas os confrontos entre todos continuaram à porta da habitação.
O barulho provocado pela troca de agressões chamou a atenção do pai de Jéssica e quando este veio à porta da residência acabou por ser baleado. O tiro terá sido disparado por Adolfo, namorado de Iara, e provocou ferimentos nas pernas do homem, de 50 anos. Após o disparo, a família Gonçalves abandonou o local e quando a PSP chegou à rua Monte da Bela já só encontrou os dois feridos.
O caso foi investigado pela Polícia Judiciária do Porto desde essa altura e, após recolher indícios suficientes do envolvimento de Iara, Marcos e Adolfo no episódio violento, os inspetores avançaram para a detenção dos três jovens, na noite desta quinta-feira. Os suspeitos foram surpreendidos pela ação policial em diferentes locais da cidade do Porto.
Ao início da tarde desta sexta-feira, os três foram levados ao Tribunal de Instrução Criminal do Porto, onde estão a ser interrogados pelo juiz. Até ao momento, ainda não são conhecidas medidas de coação.