Fogo na cadeia de Santa Cruz do Bispo obriga a transferir 40 presos para Paços de Ferreira
O incêndio foi detetado pelas 20.45 horas desta terça-feira, quando os reclusos já estavam encarcerados, e rapidamente foram acionados os Bombeiros de Matosinhos-Leça.
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Esta corporação mobilizou para o estabelecimento prisional três viaturas e sete elementos que, neste momento, ainda se encontram no teatro de operações.
Devido ao fumo causado pelo incêndio numa das celas do rés-do-chão, apurou o JN, todos os presos que estavam no pavilhão da cela em chamas foram retirados para o recreio exterior. Entretanto, a direção da cadeia decidiu que cerca de 40 destes reclusos vão ser transferidos para as prisões de Paços de Ferreira e do Vale do Sousa, também em Paços de Ferreira, porque o pavilhão onde deflagraram as chamas não dispõe de condições para que os presos regressem às suas celas.
A operação para a transferência dos reclusos será auxiliada por uma unidade do Grupo de Intervenção e Segurança Prisional, que já está no local, e ainda por guardas-prisionais que, estando de folga, se disponibilizaram para trabalhar. “Mesmo num contexto adverso como o atual, os guardas prisionais mostram que são excelentes profissionais”, refere o presidente do Sindicato Nacional do Corpo da Guarda Prisional, Frederico Morais.
O JN soube ainda que dois dos guardas prisionais de serviço na cadeia de Santa Cruz do Bispo, e que foram dos primeiros a intervir, tiveram de ser transportados ao hospital, por causa da inalação do intenso fumo que se instalou na ala do estabelecimento prisional.
Os primeiros indícios apontam para que o incêndio tenha sido provocado por um recluso que adormeceu enquanto fumava.