Foi acusado de violência doméstica e violação mas continua a ameaçar vítima

Segundo apurou o JN, o suspeito, de 29 anos e que reside atualmente em França, mantém comportamentos persecutórios que levaram à sua detenção, em junho de 2020, depois de uma queixa da jovem com quem iniciara um relacionamento quando esta tinha 14 anos e com quem viveu em união de facto entre fevereiro e dezembro de 2017.

Foi durante este período, em que o casal vivia em França, que o homem começou a agredir a jovem, então com 18 anos. Numa ocasião, empurrou-a contra a cama e deu-lhe uma bofetada. Noutra, por ela recusar relações sexuais, deu-lhe um murro e forçou-a a coito anal e oral.

Em duas viagens a Portugal para visitar a família, a jovem voltou a ser ameaçada pelo companheiro, que lhe disse que, se não regressasse a França, lhe faria mal a si e à sua família. A vítima cedeu.

Os episódios de violência continuaram. O arguido chegou a apontar uma navalha ao pescoço da vítima e a agredi-la com um bastão de basebol. Retirou-lhe ainda o telemóvel várias vezes, para que não pudesse contactar com a família. Ameaçava-a a ela e aos familiares, para que não apresentasse queixa às autoridades.

Em dezembro de 2017, a jovem pôs fim à relação e regressou a Portugal, mas o arguido, não conformado, começou a enviar-lhe mensagens a insultá-la e a fazer-lhe ameaças de morte.

O homem também difundiu, através de um site pornográfico, um vídeo e três fotos de cariz sexual, sem consentimento da vítima. E, em viagem a Portugal, ameaçou-a com uma navalha e disse-lhe que, se fosse denunciado, coisas más iriam acontecer. E se ela não era dele, não seria de mais ninguém, avisou também.

Mas a jovem acabou por se queixar às autoridades portuguesas e, graças a uma carta rogatória, o suspeito foi detido e constituído arguido em França. Em julho, começará a ser julgado, no Tribunal de Penafiel, por dois crimes de violação e um crime de violência doméstica.