
Francisca, que é natural do Maranhão, trabalha como cozinheira num restaurante e morava em Tabuaço
Foto: G1/ Direitos Reservados
Maria Francisca Souza Santos, uma brasileira de 44 anos, natural do Maranhão, desapareceu misteriosamente em Tabuaço, no distrito de Viseu, a 20 de junho. Foi vista pela última vez quando saiu de casa, à noite, para despejar o lixo, vestindo apenas um pijama. Desde então, não há qualquer sinal do seu paradeiro.
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Dentro de casa, onde vivia, tudo permaneceu intacto: luzes acesas, documentos, óculos e cartas acumuladas. O telemóvel da mulher, que trabalha como cozinheira num restaurante, teve o seu último registo de localização próximo do lixo e foi desligado pouco depois.
A GNR foi acionada para investigar, mas o caso passou para a alçada da Polícia Judiciária, que assumiu a investigação, ouvindo diversas testemunhas, incluindo o namorado, que relatou ter sido o primeiro a perceber o desaparecimento. Também foram encontrados bilhetes dentro da habitação, incluindo um na bíblia onde Francisca expressava gratidão pelo relacionamento com o namorado.
Contudo, familiares da brasileira apontam contradições, já que o homem alegava ser cirurgião plástico, mas nunca demonstrou evidências claras disso, além de haver relatos de desentendimentos e promessas não cumpridas envolvendo dinheiro e investimentos.
A família, principalmente o irmão, viajou do Brasil para Portugal após o desaparecimento e enfrenta dificuldades para obter respostas.
"Nós queremos ela, minha mãe, nós todos da família, as pessoas, amigos. Estamos passando por um momento muito difícil, complicado. Estamos aqui desesperados, aflitos, tentando encontrá-la. Mas as autoridades só falam que a investigação pede para a gente aguardar mais", disse o irmão de Francisca, António Santos, ao portal brasileiro G1.
Num áudio enviado à mãe de Francisca, divulgado pela SIC, o namorado da desaparecida garante estar de "consciência tranquila". "Tudo o que possam dizer ou fazer, estou de consciência tranquila. Vou repetir o que lhe disse a si desde o início: eu não tenho nada a ver com o desaparecimento. Por isso, colaborei com a justiça. Acredito na polícia portuguesa", disse.
As autoridades continuam a investigação, mas, após mais de um mês, não há qualquer pista concreta sobre o paradeiro de Francisca, o que mantém a família em desespero e a comunidade local perplexa com o mistério do seu desaparecimento.

