O empresário Francisco Pessegueiro, arguido no processo Vórtex, viu alterada a medida de coação de prisão domiciliária a que estava sujeito desde o passado mês de março. Foi-lhe retirado, na tarde de hoje, o sistema de vigilância eletrónica, vulgarmente conhecido como pulseira eletrónica.
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O empresário começou por estar detido preventivamente em Custóias, desde 14 de janeiro até 15 de março, altura em que passou para prisão domiciliária, com pulseira eletrónica e uma caução superior a 100 mil euros.
Agora, vê-se livre da prisão domiciliária, estando sujeito um reforço do valor da caução, a apresentações bissemanais na PSP e entrega de passaporte. Não poderá, ainda, contactar com os outros elementos arguidos no processo.
Em prisão domiciliária, desde o final do passado mês de junho, continua o ex-presidente da Câmara de Espinho, Miguel Reis, depois de cinco meses em prisão preventiva. O autarca foi detido a dez de janeiro, após detenção por suspeitas de corrupção, prevaricação, abuso de poderes e tráfico de influências.
Os restantes arguidos, o chefe da Divisão de Urbanismo e Ambiente do Município de Espinho, um arquiteto e outro empresário, aguardam o desenrolar do processo em liberdade.
Recorde-se que os cinco arguidos deste caso foram detidos no passado dia 10 de janeiro, por suspeitas de corrupção e de outros crimes económico-financeiros alegadamente cometidos, "em projetos imobiliários e respetivo licenciamento, respeitantes a edifícios multifamiliares e unidades hoteleiras, envolvendo interesses urbanísticos de dezenas de milhões de euros, tramitados em benefício de determinados operadores económicos", segundo comunicado da PJ.