Fugitivo de Vale de Judeus capturado em Marrocos pediu extradição para Portugal
Fábio Loureiro, detido em Marrocos depois de ter fugido da cadeia de Vale de Judeus, comunicou às autoridades que aceita ser extraditado para Portugal. Esta decisão contraria aquela que tinha sido anunciada pela defesa do recluso logo após este ter sido apanhado numa rua de uma localidade próxima de Tânger.
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O anúncio de que Fábio Loureiro aceita ser extraditado para Portugal foi feito, nesta sexta-feira, pelo advogado Lopes Guerreiro. “Fábio Loureiro depois de reunir, no dia de hoje, com a família e seus advogados (em Marrocos e Portugal) e de muito ponderar, na sua circunstância, acerca da pretensão de oposição à extradição do Reino de Marrocos para Portugal decidiu (em consciência) desistir dessa demanda em terras de Marrocos e aceitar, de modo irrestrito, ser extraditado”, lê-se num comunicado.
No mesmo documento, o recluso conhecido por Fábio “Cigano” dá conta de que pretende que a transferência para Portugal aconteça “o mais rápido que se mostrar viável”. “Dessa pretensão, já deu inclusive nota, pelos canais próprios, às autoridades judiciárias do Reino de Marrocos, bem assim, como à Embaixada de Portugal em Rabat”, acrescenta o advogado.
Fábio Loureiro espera, agora, que o Ministério da Justiça português encete “as démarches necessárias à extradição”, que permitirão que “cá cumpra o remanescente das suas condenações e responda judicialmente pela evasão perpetrada, no pretérito dia 7 de setembro de 2024, do estabelecimento prisional de Vale Judeus”.
Condenado a 44 anos de prisão
Fábio Loureiro, condenado a 44 anos de cadeia, em diferentes julgamentos relacionados com os crimes de rapto, tráfico de estupefacientes, associação criminosa, roubo à mão armada e evasão, entrou na cadeia em 2014. Passou pela prisão de segurança especial de Monsanto, mas estava no estabelecimento prisional de Vale de Judeus quando, na companhia de outros quatro presos, saltou o muro e fugiu.
No início deste mês, foi localizado e detido em Marrocos, depois da Polícia Judiciária ter vigiado a viagem da esposa até este país.