Um funcionário da Câmara Municipal de Sátão foi acusado este mês pelo Ministério Público (MP) de um crime de importunação sexual e de um crime de perseguição, de que foi vítima uma estagiária.
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Segundo o MP, entre 5 de março de 2021 e até pelo menos 25 de novembro 2022, o arguido, "aproveitando-se do facto da vitima estar em regime de estágio e carecer do seu parecer positivo perante um júri de aprovação final, bem como para satisfação de uma fixação amorosa que desenvolveu por esta, passou a fazer valer a sua superioridade hierárquica para enviar àquela, de modo sucessivo e reiterado, centenas de mensagens tecendo comentários desadequados à sua função/relação profissional com cariz sexual e sugestivo."
Ainda de acordo com o Ministério Público, ficou também fortemente indiciado o desenvolvimento "por parte do arguido de uma atuação reiterada de condicionamento da forma de vestir e agir da ofendida no local de trabalho, idónea a limitar a sua liberdade de atuação e suscetível de ofender a sua dignidade."