O funcionário de uma unidade de saúde do concelho de Gondomar, detido pela Polícia Judiciária do Porto por suspeitas de corrupção na atribuição de transportes de doentes não urgentes, foi suspenso de funções pelo juiz de instrução criminal de Penafiel.
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O homem, com cerca de 50 anos, também ficou proibido de contactar os outros funcionários do estabelecimento de saúde onde trabalha.
De acordo com informações recolhidas pelo JN, o inquérito, tutelado pelo Departamento de Investigação e Ação Penal do Porto-Este, nasceu de uma denuncia. O homem é suspeito de ter recebido contrapartidas monetárias para favorecer operadores privados de transportes de doentes.
Estas deslocações, subsidiadas pelo Estado, são determinadas por médicos e a escolha dos bombeiros ou empresas privadas que as realizam é efetuada de forma automática através de uma plataforma informática.
Porém, quando existem recusas de serviço por parte dos contemplados, o poder de atribuição recai sobre um funcionário. E o detido escolheria sempre favorecer privados em detrimento de outros operadores.
A PJ também realizou buscas domiciliárias e não domiciliárias, “com vista à recolha de documentação e outros elementos com relevância para a prova”.