Um assistente operacional de uma empresa pública de Beja vai ser julgado brevemente por um crime continuado de pornografia de menores, na forma agravada.
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Carlos P., de 26 anos, começou por ser acusado pelo Ministério Público (MP) de Beja, no dia 5 de novembro, de 50.938 crimes de pornografia de menores - um crime por cada ficheiros de vídeo ou fotografia de menores, a grande maioria de crianças com menos de 14 anos, apreendidos ao arguido.
Mas, para evitar o julgamento, o indivíduo pediu a abertura de instrução do processo, e o juiz de instrução criminal reduziu aqueles crimes todos a um único crime, cometido na forma continuada.
Em face do articulado de acusação, o arguido arrisca agora uma pena de prisão de um ano e meio a sete anos e meio. Além disso, poderá ser proibido de exercer profissão, funções ou atividades públicas ou privadas cujo exercício envolva o contacto com menores, por um período de dois a 20 anos.
O processo começou a ser investigado pela Polícia Judiciária (PJ) em abril de 2020 e levou à detenção do suspeito no dia 11 de maio de 2021, em Beja. Na sua casa foi-lhe apreendido software com o qual conseguia aceder a sites pornográficos através de computadores de outras pessoas sem deixar rasto da sua atividade criminosa.
Outro arguido julgado à parte
Carlos P. foi detido na cidade alentejana, no âmbito da Operação Primavera, em que a PJ também deteve Paulo S., de 51 anos, que viria a ser acusado de 12.248 crimes de pornografia de menores, sete dos quais agravados, e seis de abuso sexual de crianças.
Este arguido será julgado num processo à parte.