Comissão de funcionários recorreu da decisão do juiz de instrução que recusou a constituição como assistente.
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Sem informação e de mãos atadas. É assim que a Comissão de Trabalhadores (CT) da Meo diz estar no recurso que submeteu ao Tribunal da Relação de Lisboa, depois de lhe ter sido recusada a constituição como assistente destinada a auxiliar o Ministério Público na investigação da Operação Picoas.
Em outubro, o Tribunal Central de Instrução Criminal excluiu a CT do processo Picoas que investiga suspeitas de corrupção no setor privado, fraude fiscal, branqueamento e falsificação. O cofundador da Altice, Armando Pereira, usaria a sua influência na empresa para que fossem firmas dominadas por Vaz Antunes a fornecer bens e serviços à multinacional. Também forçaria antigos fornecedores a entregarem-lhe comissões. Em troca, receberia parte do dinheiro, escondido em paraísos fiscais ou usados na compra de imobiliário e bens de luxo.