Funcionários do aeroporto de Lisboa cobram entre 10 e 25 mil euros para tirar cocaína dos aviões
Dois dos funcionários da Groundforce detidos pela Polícia Judiciária (PJ), nesta semana, iriam receber cerca de dez mil euros cada um, para retirar do porão de um avião duas malas carregadas com 55 quilos de cocaína.
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Já o terceiro trabalhador detido iria ganhar cerca de 25 mil euros para transportar a droga para fora do Aeroporto Humberto Delgado, em Lisboa. E o português apanhado em flagrante a carregar a cocaína no exterior da infraestrutura aeroportuária, e que funcionava como elo de ligação entre os cartéis e os funcionários das empresas de handling, cobrava entre cinco e seis mil euros por cada quilo de cocaína extraído do aeroporto lisboeta.
Estes são, apurou o JN, os montantes em vigor no mercado negro do narcotráfico e que a Unidade Nacional de Combate ao Tráfico de Estupefacientes da PJ tem constatado desde que, em 2022, levou a cabo a primeira operação Limpeza Profunda. Em janeiro desse ano, foram detidos dois trabalhadores de empresas de limpeza do Aeroporto Humberto Delgado, que “tinham por missão retirar de aeronaves malas de viagem carregadas de droga", referia, então,um comunicado da Judiciária.