Alvos eram máquinas de tabaco e terminais de pagamento de estabelecimentos, sobretudo no Grande Porto.
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Chegavam a fazer três assaltos numa noite e o seu alvo preferido eram as máquinas de tabaco ou os terminais de pagamento automático, sobretudo na zona do Grande Porto. Os cigarros eram escoados através de familiares, que depois os vendiam num café em Gondomar ou em encontros combinados por telefone. O maior golpe foi num terminal de pagamentos de uma confeitaria, em Gondomar, que rendeu 22.333 euros em dinheiro. O grupo começa hoje a ser julgado no Tribunal de S. João Novo, no Porto.
Os operacionais, segundo a acusação do Ministério Público a que o JN teve acesso, eram Carlos Santos, de alcunha “Litos”, Fábio Soares, o “Cagão”, e Tiago Brandão, o “Paulino”.
O tabaco era vendido num café na Estrada D. Miguel explorado por Dália Silva, mãe de “Litos”. Este arguido também usava a companheira, Flávia Pinto, e a mãe dela (sogra), Maria Silveira Pinto. Aqui, o tabaco era encomendado telefonicamente e entregue em local combinado ou na residência das arguidas.
A forma de atuação foi igual nos 21 assaltos perpetrados no Porto, Vila Nova de Gaia, Paços de Ferreira, Amarante, Paredes, Ovar e Matosinhos.
O grupo chegava de madrugada à localidade escolhida e furtava matrículas de uma viatura. Sem grande critério, pois em boa parte dos assaltos usaram um BMW Série 5 que circulou com, matrículas de um Peugeot Partner, um BMX X1 e um Seat Ibiza.
Atuavam sempre encapuzados e de luvas. Arrombavam a porta do estabelecimento e dirigiam-se à máquina do tabaco, à caixa registadora ou à máquina de pagamentos, levando tudo o que encontravam.
Num dos assaltos, na Avenida Vasco da Gama, em Gaia, já se encontravam dentro de um café quando foram surpreendidos pelos trabalhadores de um camião da recolha de lixo e tiveram de fugir.
Aquando da operação policial que levou à detenção do grupo foram encontradas armas, munições e droga, que levou à constituição de um outro arguido por tráfico de estupefacientes, Miguel Pinto.
Ameaçam testemunha
Em Frazão, Paços de Ferreira, o grupo terá sido visto por um homem, que depois ameaçaram para ele não divulgar fotos que teria do furto.
Furto de três carros
O gangue furtou, igualmemente, dois Audi A3 e um Seat Ibiza. Os primeiros foram usados em assaltos e o Seat, furtado no Porto, serviu para irem a Gaia roubar um dos Audi.