Sete dos oito suspeitos que estão acusados pelo Ministério Público (MP) de dezenas de furtos, entre 2019 e 2023, em lojas como a Worten, Fnac ou Sport Zone, no Norte e Centro do país, remeteram-se ao silêncio em julgamento. O único arguido que quis falar perante o coletivo de juízes negou os crimes.
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O Ministério Público acusa os suspeitos - que, na altura dos factos, teriam entre 19 e 20 anos - de forrar o interior de sacos com papel de alumínio (onde acondicionavam os artigos furtados), conseguindo, dessa forma, impedir o acionamento dos alarmes quando transpunham as linhas de caixa dos estabelecimentos comerciais.
Durante a primeira sessão de julgamento, que decorreu esta terça-feira de manhã no Tribunal de São João Novo, no Porto, foram ainda ouvidos vários gerentes de loja, a quem coube a tarefa de fornecer às autoridades policiais as imagens de videovigilância.
O MP diz que os arguidos, “agindo articuladamente entre si”, apropriaram-se de peças de roupa de marca, material informático, consolas de jogos, telemóveis e pequenos eletrodomésticos, em Gaia, São João da Madeira, Viana do Castelo, Vila Real, Braga, Rio Tinto, Oliveira de Azeméis, Porto, Covilhã, Aveiro, Santa Maria da Feira, Maia, Chaves, Póvoa de Varzim e Guimarães.
A acusação sustenta que um dos arguidos, que participou em 26 furtos, obteve proveitos de mais de 23 500 euros, enquanto outro conseguiu mais de 15 mil euros, através de 15 furtos. Os restantes seis obtiveram, em conjunto, quase 14 mil euros, em 14 furtos.