
Atacantes invadiram apartamento de Lisboa com armas de fogo. Pai da vítima é um magistrado do Tribunal de Contas de Angola
Foto: Arquivo
O filho de um destacado magistrado do Tribunal de Contas de Angola foi sequestrado num apartamento de Lisboa, na noite de terça-feira.
Corpo do artigo
Juntamente com a namorada e três amigos, o familiar de uma das figuras de topo da magistratura angolana foi ameaçado e roubado por um grupo armado que invadiu a habitação, situada numa zona nobre da capital portuguesa. Foi, depois, abandonado preso a uma cadeira, mas sem ferimentos.
O apartamento fica no quarto andar de um moderno prédio construído nas imediações do Estádio da Luz e do Hospital Lusíadas. O acesso é feito por uma porta de segurança de fecho automático que, no entanto, não impediu que o grupo de cinco homens armados com shotguns e outras armas de fogo invadissem o conjunto habitacional.
Segundo o JN apurou, o gangue aguardou na tranquila rua que um dos amigos do filho do magistrado do Tribunal de Contas de Angola chegasse e aproveitou o momento em que este entrou no prédio para, ainda com a porta aberta, se inserir no local. Depois, todos subiram até ao quarto andar e forçaram a entrada na residência.
Mãos amarradas
No apartamento estava o familiar do alto quadro angolano, a sua namorada e três amigos. Todos de nacionalidade angolana. E todos foram imediatamente ameaçados pelo grupo.
De armas em punho, os assaltantes mantiveram o grupo sequestrado enquanto exigiam todo o dinheiro e objetos de valor que havia na casa. Em poucos minutos, apoderaram-se de 4800 dólares (cerca de 4100 euros) e algumas joias.
Antes de abandonar o apartamento, o gangue deixou ameaças de vingança, caso o crime fosse denunciado às autoridades portuguesas, e usou abraçadeiras de plástico para amarrar as mãos das cinco vítimas angolanas a cadeiras. Foi ainda nesta posição que todas foram encontradas pela PSP.
Fuga em carro da vítima
Nesta altura, porém, já os assaltantes tinham descido à garagem do prédio e, com as chaves roubadas na residência, entrado no carro de uma das vítimas e fugido.
A Diretoria de Lisboa da Polícia Judiciária foi, entretanto, acionada e está a conduzir a investigação para, em primeiro lugar, apurar a identidade dos assaltantes. Embora estes falassem com sotaque, os inspetores não estão totalmente convencidos de que os criminosos fossem estrangeiros.
A única certeza, para já, é que o gangue se dirigiu diretamente ao apartamento do quarto andar e que sabia quem ali morava.

