Gestores de empresa de segurança detidos por fraude fiscal de 4,6 milhões de euros

Segundo a PJ, os factos em investigação reportam-se ao período entre 2015 e 2024 e "visam a criação e a utilização de diversas empresas fictícias, num esquema de emissão e utilização de faturação falsa, com vista à obtenção de uma vantagem patrimonial no montante global apurado, até ao momento, de 4,6 milhões de euros".

Durante a operação de hoje, que contou com a participação da Autoridade Tributária e Aduaneira e foi dirigida pelo Ministério Público de Cascais, foram executados 20 mandados de busca, 13 domiciliárias e sete não domiciliárias.

"Aquilo que detetámos é a existência de faturação falsa, no sentido de diminuir as prestações tributárias, quer em sede de IVA, quer em sede de IRS, desta tal empresa", disse, ao JN, fonte da investigação, sem precisar mais detalhes, por as buscas ainda não estarem concluídas. A CNN Portugal acrescenta que a empresa visada é a PSG e que os detidos são um pai e um filho, além de uma contabilista e de um outro homem a eles ligado.

Além dos quatro detidos, foram constituídas arguidas oito pessoas e três empresas. Também foram apreendidas três viaturas de luxo, que a PJ suspeita terem sido adquiridas com o produto do crime, bem como valores em numerário e em criptoativos.

"A investigação prosseguirá com a análise dos elementos probatórios complementares, agora apreendidos, tendo em vista o apuramento da responsabilidade criminal de todos os suspeitos e das vantagens patrimoniais ilicitamente obtidas", acrescentou a Judiciária, em comunicado.

Os detidos, entre os 29 e os 68 anos, serão apresentados a primeiro interrogatório judicial para aplicação das medidas de coação.