Elementos do Grupo de Intervenção e Segurança Prisional (GISP) estão a tentar controlar um motim que eclodiu esta terça-feira no Estabelecimento Prisional de Lisboa (EPL).
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Ao que o JN apurou, os guardas usaram balas de borracha para controlar a fúria dos reclusos.
Na origem do motim estará o descontentamento dos reclusos com as sucessivas greves dos guardas prisionais, que levaram ao cancelamento, por exemplo, do tradicional jantar de Natal entre os presos e as suas famílias. A realização de um plenário dos guardas prisionais também cancelou a visita prevista para amanhã.
Este facto agravou a revolta dos presos no Estabelecimento Prisional de Lisboa que, ao longo desta terça-feira, foram manifestando a sua indignação, até que, já ao início da noite, colocaram algumas celas a arder.
Com a situação descontrolada, foi acionado o Grupo de Intervenção e Segurança Prisional, que acorreu ao interior da cadeia.
Fonte prisional confirmou que estava em curso um motim. O JN tem tentado obter esclarecimentos da Direção -Geral de Reinserção e Serviços Prisionais, mas, até ao momento, não obteve resposta.
Jorge Alves, presidente do Sindicato Nacional do Corpo da Guarda Prisional (SNCGP), disse ter conhecimento de que foi convocado hoje ao fim da tarde "todo o pessoal que estava de folga e a intervenção do GISP, por eventuais confrontos na Ala B daquele estabelecimento, na rua Marquês da Fronteira, em Lisboa.
O dirigente sindical disse não ter de momento mais pormenores, estando a tentar contactar os representantes sindicais no EPL.
Esta ala tem cerca de 190 reclusos.