A GNR, através do Serviço de Proteção da Natureza e do Ambiente (SEPNA), recolheu 14 aves de espécies protegidas e constituiu arguidos dois homens, com 47 e 53 anos, e uma mulher, de 39, por crimes de dano contra a natureza, em Matosinhos e Gaia. Entre as aves apreendidas estavam águias e falcões -peregrino.
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No âmbito de uma investigação por crimes de danos contra a natureza, os militares do SEPNA efetuaram duas buscas domiciliárias e três em viaturas, que culminaram na recolha de diversas aves de espécies protegidas no âmbito CITES (Convenção sobre o Comércio Internacional das Espécies Silvestres Ameaçadas de Extinção), por falta de documentação comprovante da proveniência das aves.
Foram apreendidas quatro Águias de Harris (Parabuteo unicinctus), três Falcões-peregrino (Falco peregrinus), duas Corujas-das-torres (Tyto alba), um Falcão-lanário (Falco biarmicus), um Falcão-gerifalte (Falco rusticolus), um Búteo-de-cauda-vermelha (Buteo jamaicensis), um Ógea-eurasiática (Falco subbuteo) e um Estorninho-malhado (Sturnus vulgaris).
Na sequência da ação, os militares elaboraram três autos de contraordenação por falta de condições higiossanitárias para a detenção de animais, em incumprimento com a Convenção Europeia para a Proteção dos Animais de Companhia, tendo um deles sido remetido para a autoridade administrativa competente, nomeadamente a Comissão de Coordenação e Desenvolvimento Regional do Norte (CCDR-N).
Os suspeitos foram constituídos arguidos, e os factos foram comunicados ao Tribunal Judicial de Porto.