Material apreendido pela GNR
Foto: DR/Nuno Dantas
O Núcleo de Investigação Criminal da GNR de Barcelos desencadeou uma operação de grande envergadura que permitiu desmantelar um grupo criminoso organizado, suspeito da prática de dezenas de furtos qualificados em lares de idosos, centros de dia e juntas de freguesia, em vários distritos do Norte e Centro de Portugal. A ação culminou na detenção de sete pessoas.
A investigação, iniciada no final do verão, revelou a existência de uma estrutura criminosa organizada e hierarquizada, que fazia deste tipo de crimes o seu principal meio de subsistência. Os furtos ocorreram, maioritariamente, nos distritos de Braga, Viana do Castelo, Bragança, Guarda, Viseu, Vila Real, Porto e Aveiro, tendo causado prejuízos que poderão ascender a cerca de meio milhão de euros.
Segundo a GNR, os suspeitos atuavam sobretudo durante o período noturno, recorrendo ao arrombamento de portas para aceder às instalações. O objetivo passava pela subtração de dinheiro em numerário e objetos em ouro, sendo os cofres transportados para outros locais sempre que não era possível abri-los no local.
No âmbito da operação policial, realizada no dia 15 de dezembro, foram cumpridos 17 mandados de busca, incluindo buscas domiciliárias, a estabelecimentos comerciais e a viaturas, nos concelhos de Guimarães, Vila Nova de Famalicão, Póvoa de Varzim e Valença. A ação culminou na detenção de seis homens e uma mulher, com idades entre os 22 e os 55 anos, tendo ainda sido constituídos arguidos mais dois suspeitos.
Os detidos apresentam um vasto historial criminal por ilícitos semelhantes, sendo que alguns tinham regressado recentemente à liberdade após cumprimento de penas de prisão ao longo de 2025.
Durante a operação, as autoridades apreenderam duas viaturas, mais de uma centena de peças em ouro, cerca de 35.800 euros em numerário, nove telemóveis, diversas ferramentas usadas em arrombamentos, estupefacientes como MDMA e haxixe, material de acondicionamento de droga, uma balança e dois relógios.
Os suspeitos serão presentes ao Tribunal de Instrução Criminal do Porto para aplicação das medidas de coação.
A operação mobilizou mais de uma centena de militares da GNR, contando com o reforço de várias valências territoriais, do Grupo de Intervenção de Ordem Pública da Unidade de Intervenção e com o apoio da Polícia de Segurança Pública, refletindo a dimensão e a complexidade da ação desenvolvida.