A GNR de Braga deteve, terça-feira, dez pessoas, por suspeita do crime de tráfico de estupefacientes praticado em Braga, em Barcelos e noutras zonas do distrito. Os detidos, seis homens e quatro mulheres, tem idades entre 20 e 35 anos.
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Fonte ligada ao processo adiantou que o tráfico teria sido praticado, desde 2024, a partir de uma residência em Padim da Graça, arredores de Braga, onde o arguido Rafael C. recebia consumidores e lhes vendia cocaína e haxixe. Também comercializava drogas a partir de uma loja na Lage, Vila Verde, que é propriedade da família. E usava com frequência o sistema de pagamento MBWay.
O Núcleo de Investigação Criminal (NIC) da GNR detetou que o suspeito fora já condenado em 2018 no Tribunal de Barcelos pela prática do mesmo crime. Por isso, está, ainda, no regime de prisão domiciliária com pulseira eletrónica, mas com a possibilidade de poder ir trabalhar durante o dia, à semana e ao sábado de manhã.
A GNR anota que o Rafael C. tem duas câmaras de vídeo no exterior da residência, a partir das quais controla tudo o que se passa à entrada ou nas traseiras.
Diz que, além da venda direta, o suspeito utiliza uma rede de nove colaboradores, cada um deles com uma tarefa específica, a de entregar drogas fora do perímetro da casa, para as guardar nas suas próprias casas ou para as ir buscar a outros fornecedores. Neste caso, ao concelho de Famalicão ou à Galiza, em Espanha.
Um deles é tido como braço-direito de Rafael C., a cuja casa se desloca quase diariamente e dela saindo com sacos de plástico que leva para a sua própria casa em Barcelos, onde distribui drogas a toxicodependentes. Tem, ainda, como colaboradoras diretas, a atual e a ex-namorada.
O principal suspeito tem uma rede de clientes superior a uma centena. Ontem, e com mandados judiciais, a GNR fez buscas em Braga e em Barcelos, quer às casas dos envolvidos, quer aos automóveis que utilizam.
O interrogatório judicial dos arguidos, no Tribunal de Instrução de Famalicão, só deve começar amanhã, quinta-feira.