GNR e PSP suspeitos de lucrar 200 euros por dia com rede de exploração dos imigrantes

Mais de 100 inspetores da PJ realizaram buscas em várias empresas do Alentejo
Foto: Teixeira Correia
Os dez militares da GNR e o agente da PSP, detidos pela PJ por suspeitas de serem o "braço armado" de uma rede de exploração de imigrantes no Alentejo, terão lucrado diariamente cerca de 200 euros, sempre que cumpriam o serviço de vigilância e coação das vítimas. Os arguidos foram, esta quarta-feira, levados ao Tribunal Central de Instrução Criminal, em Lisboa, para os primeiros interrogatórios.
Corpo do artigo
De acordo com informações recolhidas pelo JN, a investigação da "Operação Safra Justa" já recolheu provas sobre os valores das contrapartidas monetárias que os elementos das forças de segurança recebiam do líder da rede de exploração laboral. Muitas vezes fardados e com os carros de patrulha da própria GNR, os militares faziam uma espécie de serviço gratificado ilegal. Para isso, recebiam pelo menos 200 euros por dia, mas o valor podia aumentar, consoante a responsabilidade do militar. Um sargento-ajudante, que chegou a ser comandante de posto na zona de Beja, mas que está, há poucos meses, a prestar serviço no Grande Porto, era mais bem pago.

