A GNR revelou, esta quarta-feira, que não abriu "qualquer processo criminal ou disciplinar" pela participação de militares da instituição na manifestação de profissionais das forças de segurança que decorreu, a 19 de fevereiro de 2024, junto ao cineteatro Capitólio. Na PSP, há 43 procedimentos disciplinares em curso.
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A concentração, à civil, foi convocada nas redes sociais por um movimento sem rosto e não foi comunicada previamente às autoridades, como obriga a legislação em vigor. O protesto aconteceu enquanto decorria no Capitólio um debate para as legislativas de 10 de março de 2024 entre Luís Montenegro, então cabeça de lista da coligação Aliança Democrática (AD) e atual primeiro-ministro, e o secretário-geral do PS, Pedro Nuno Santos.
Na terça-feira, a PSP informou que, na sequência da manifestação, estão "em instrução" em "vários comandos territoriais" do país "43 processos disciplinares" contra elementos desta força de segurança. Já esta quarta-feira, a GNR esclareceu, questionada pelo JN, que não tem qualquer procedimento em curso.
"A Guarda Nacional Republicana, com base na informação recolhida, não procedeu ao levantamento de qualquer processo criminal ou disciplinar", referiu, numa resposta por escrito, a força de segurança.
A concentração, que ficou conhecida por "cerco ao Capitólio" e contou com a presença de dezenas de profissionais da GNR, da PSP e do Corpo da Guarda Prisional, originou ainda a abertura de um inquérito-crime, que foi recentemente arquivado pelo MInistério Público, por, no essencial, não ter sido possível identificar os promotores da manifestação.