Se está a pensar deslocar-se em peregrinação a Fátima nos próximos dias 12 e 13 de maio, apesar dos apelos da hierarquia da Igreja Católica para não o fazer, é melhor mudar de ideias.
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Os acessos à cidade vão ser todos controlados pela GNR e quem não tiver justificação para entrar na Cova da Iria é aconselhado a inverter a marcha, à semelhança do que se passou no período da Páscoa, em que era proibida a circulação de um concelho para o outro.
Até quarta-feira, a GNR tem em marcha a operação "Fátima em casa", que vai envolver todos os comandos de Norte a Sul do país, com objectivo de impedir o acesso de peregrinos ao Santuário de Fátima, onde as celebrações do 13 de maio vão decorrer sem a presença física de fiéis.
Numa primeira fase, o trabalho das forças de segurança passará pela sensibilização junto de eventuais peregrinos a pé e pela recolha de informação sobre possíveis grupos que estejam a planear deslocar-se a Fátima. Na terça e quarta-feira, a malha será apertada e passa a ser feito "um controlo rigoroso, quer as pessoas se desloquem a pé, em viatura ligeira ou em transportes colectivos", em que todos serão fiscalizados, explicou, ao JN, o director de operações da GNR, coronel Vítor Rodrigues.
O oficial está convicto de que os católicos irão acatar os pedidos da Igreja e acompanhar as celebrações a partir de casa, devido às contingências sanitárias provocadas pela pandemia de covid-19, e que não haverá "necessidade de mostrar um dispositivo de grande força". Mas se assim não acontecer, a GNR estará preparada para impedir aglomerações ou concentrações de peregrinos junto às barreiras que foram montadas em redor do santuário, para assegurar a realização das cerimónias religiosas com a presença apenas dos celebrantes, acólitos e funcionários do templo mariano.
Ontem, por exemplo, o santuário continuava praticamente vazio. Um cenário que se tornou habitual desde março e que leva Vítor Rodrigues a crer que, "à semelhança do que tem acontecido no país, a esmagadora maioria das pessoas" vai acatar os conselhos das autoridades civis e religiosas e as orientações das autoridades de saúde e optar por ficar em casa.