A ministra da Administração Interna, Margarida Blasco, aproveitou a discussão sobre o Orçamento do Estado 2025, no Parlamento, para revelar uma “orientação clara às Forças de Segurança” para o reforço das ações de fiscalização “multiforças”, como foi a realizada na passada semana, na zona do Martin Moniz, em Lisboa.
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As operações, encabeçadas pelo Sistema de Segurança Interna envolvem a GNR, a PSP, a PJ, a ASAE, a ACT, a AT e a AIMA. “Têm como foco, o combate à criminalidade violenta, ao tráfico de droga, à imigração ilegal e ao tráfico de seres humanos e ainda a fiscalização das atividades económicas”, referiu.
Para o PS, trata-se de um discurso “politizado” e “estigmatizante”, associando a imigração ilegal à criminalidade. Mas a ministra salientou que estas operações fazem parte da ação das forças de segurança e “são necessárias” e “perfeitamente normais”.
Margarida Blasco anunciou, igualmente, um investimento no controlo das fronteiras externas, que passará, por exemplo, por um novo sistema de controlo de entradas e saídas do país.
No plano dos investimentos, e tendo em conta o orçamento de 3.133 milhões euros do seu ministério, a governante anunciou que os recursos humanos vão absorver, em 2025, mais 300 milhões de euros que no ano passado.
“Em 2026, um agente ou um guarda em início de carreira, auferirá mais de quatro salários face àquilo com que contavam antes deste governo iniciar funções”, revelou.
Margarida Blasco revelou, ainda, que vai ser iniciada a reabilitação de 473 alojamentos e a construção de dois novos blocos habitacionais, com previsão de conclusão até ao final de 2026, para alojamento de elementos das Forças de Segurança.
A ministra anunciou, por outro lado, que quer desburocratizar procedimentos que permitam alargar a videovigilância, “num futuro próximo”, a mais localidades.
A governanta considerou ainda que não foi desmentida nem desautorizada no caso das suas declarações sobre o direito à greve na PSP, que motivaram um esclarecimento do MAI.