Uma grávida garantiu à PSP que dois homens, em Lisboa, lhe tinham apontado uma arma à cabeça para roubar o telemóvel e um deles chegou a ser detido, na noite de quarta-feira. Porém, pouco depois da denúncia, a Polícia descobriu que a alegada vítima tinha mentido para não ter de devolver o dinheiro da venda do aparelho.
Corpo do artigo
A grávida foi detida por denúncia caluniosa.
Às 19.30 horas de quarta-feira, a mulher ligou à PSP a denunciar o roubo de um telemóvel e, quando os agentes chegaram à sua beira, contou que, em plena rua, tinha tido uma pistola apontada à cabeça, por dois homens. Depois, descreveu os assaltantes e, pouco depois, um dos suspeitos foi detido.
Já na esquadra, seria identificado pela mulher como um homens que a tinha roubado com recurso a uma arma, crime que, no entanto, negou. O detido explicou, então, que tinha comprado o telemóvel e combinado com a dona pagar o aparelho em duas prestações. Já teria, inclusive, entregado uma parte dos 180 euros acordados e, disse, só não liquidou a verba em falta porque identificou problemas no aparelho, nomeadamente falhas de bateria e ecrã.
O detido contou ainda que pretendeu devolver o telemóvel, mas que a grávida recusou devolver-lhe o dinheiro e ameaçou-o. Para dissipar quaisquer dúvidas, o suspeito desbloqueou o aparelho em frente aos polícias, ato que a mulher denunciante não conseguiu fazer.
Nessa ocasião, já depois das 22 horas, os agentes ficaram convencidos que a grávida tinha encenado o crime e detiveram-na. A caminho das celas, apurou o JN, a detida injuriou os agentes e tentou automutilar-se. Será levada a tribunal nesta quinta-feira.